Nascidos entre 1995 e 2010, a Geração Z tem mostrado um comportamento que coloca em risco os serviços da Google, principalmente o Search e o Maps.

Os mais jovens têm preferido realizar pesquisas e buscar por respostas direto em aplicativos como Instagram e TikTok, uma função que por um bom tempo era relacionada à Google.

O assunto veio à tona quando informações de um relatório foram compartilhadas pelo vice-presidente sênior da Google, Prabhakar Raghavan, durante a conferência Fortune’s Brainstorm Tech.

“Nossos estudos mostram que quase 40% dos jovens quando procuram um lugar para almoçar, não vão ao Google Maps ou Search, eles vão para o TikTok ou Instagram”, disse Raghavan em depoimento.

Já é possível enxergar como esse comportamento está mudando a forma de consumir conteúdo e fazer pesquisas, principalmente entre as pessoas mais jovens.

Por isso, vamos analisar essas informações e dados, entender o que significam, no que devemos ficar atentos e como as empresas estão se adaptando.

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Qual o mel do TikTok para a Geração Z?

A magia do aplicativo de vídeos curtos está na facilidade com que os usuários produzem conteúdos em vídeo.

O TikTok apresenta uma interface extremamente intuitiva, com recursos de edição simples, o que torna possível qualquer pessoa compartilhar com outras milhares o que desejar, de uma opinião política a uma receita de bolo.

Você cria um vídeo sem precisar de muita produção e pode receber centenas de vizualizações, mesmo que você não tenha tantos seguidores.

Além disso, um dos fatores que mais atraiu a Geração Z ao aplicativo é que ele permite criar comunidades com interesses em comum.

Com o algoritmo próprio, a plataforma rapidamente aprende o que você gosta de consumir. Em pouco tempo de uso do aplicativo você já recebe um conteúdo altamente direcionado.

Por isso, muitos têm a sensação de que encontram conteúdos que nem sabiam que precisavam, que parecem ter sido feitos sobre medida. É assim que você nem percebe o tempo passando enquanto rola o feed para baixo.

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Como a Google está se reinventando?

Durante a conferência, a Google também destacou as mudanças que planeja implementar no seu mecanismo de busca, a fim de atrair um público mais jovem.

Hoje, a empresa busca combinar imagens e texto, pois imagina um futuro em que os usuários possam segurar o telefone – ou talvez usar óculos AR – para iniciar uma pesquisa com base no que veem.

A gigante da internet também começou a aproveitar a IA para analisar vídeos na web e direcionar os usuários para resultados de pesquisa mais ricos, segundo o vice-presidente Prabhakar Raghavan.

Por exemplo, se você pesquisar como trocar um pneu no Google, ele mostrará os resultados em vídeo. Agora, o Google pode usar a IA para analisar partes do vídeo, para que os usuários possam pular para a parte que explica como afrouxar as porcas ou usar o macaco.

De acordo com Prabhakar, a empresa está trabalhando para que sua análise e compreensão do vídeo sejam equivalentes aos documentos.

Ao final da conferência, acrescentou: “obter esse nível de compreensão mais profunda é uma jornada em andamento”.

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O que podemos tirar disso?

Quando utilizadas da maneira certa, as tendências podem trazer oportunidades para marcas e profissionais de Marketing.

O TikTok tem potencial de se tornar um bom canal topo de funil, ideal para compartilhar conteúdo de infoentretenimento direcionado para a fase de descoberta e aprendizado.

Também é um meio extremamente estratégico para gerar reconhecimento de marca.

Independentemente da forma como você planeja surfar nessas tendências, o mais importante é ter em mente a sua persona.

É com esse cuidado que você vai oferecer conteúdo de qualidade ao seu público em diversos canais e formatos.

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